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O efeito Cannábis na pandemia

Com o início da pandemia mais e mais pessoas recorreram ao uso de cannábis tanto para aliviar o tédio do isolamento social como para relaxar frente aos temores de uma enfermidade que sacudiu todo o planeta. Pela primeira vez na história ficar dentro de casa fumando um pode ser considerado um ato de bravura com utilidade de proteger a si mesmo e aos demais já que tomar essa atitude freia a propagação do vírus entre as pessoas.

Por isso junto com os primeiros lockdowns realizados em alguns países, também chegaram à mídia internacional as notícias relatando filas gigantescas para comprar maconha nos lugares legalizados. E ao longo da pandemia, mais cifras que comprovavam o aumento nas vendas da erva ao mesmo tempo em que se popularizou o HomeOffice.

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Fila para comprar maconha em Amsterdã, Holanda

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Meme famoso durante a pandemia com várias versões, nessa a menina pergunta: “- pai como você sobreviveu a pandemia?” o pai responde: “- joguei meu ps4 e fiquei chapado pra caral**”

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Quando você descobre que o seu estilo de vida normal é chamado de “quarentena”

No entanto, o que pegou todo mundo de surpresa foram alguns estudos que apontaram o uso de cannabis como beneficioso frente a ameaça do vírus. Estudos vindos de diferentes instituições ao largo do primeiro e segundo ano de pandemia, experimentais e teórico, todos dizendo que havia algo na cannábis que poderia ajudar aos pacientes que contraíram o temível vírus.

Ainda em maio de 2020 um grupo de pesquisadores canadenses da universidade de Lethbridge fez o primeiro alerta de que alguns compostos da cannábis teriam a capacidade de tornar o indivíduo menos vulnerável ao “ataque” do coronavírus. Funciona assim segundo a teoria de Kovalchuck professor de ciências biólogicas da universidade de Lethbridge : o Sars-cov-2 precisa de um receptor para ocupar uma célula humana – a enzima ECA2 que se encontra no tecido pulmonar, na mucosa bucal e nasal, nos rins, testículos e trato digestivo – sem essa enzima o vírus não consegue penetrar o organismo. Pois bem, os canabinóides seriam capazes de modificar os níveis de ECA2 diminuindo o risco de infecção.

Infelizmente, essa promissora pesquisa não recebeu financiamento para prosseguir e por isso não temos uma verdadeira validação da mesma.

MASTER GROWER CERTIFICADO

Um hospital na Austria em 2021 testou o uso de CBD em 50 pacientes na UTI e constataram que as propriedades anti-inflamatórias do canabidiol ajudaram a que esses pacientes se  recuperassem mais rapidamente do que os que não receberam CBD. O Hospital de Klagenfurt foi o primeiro e único da Austria a tratar seus pacientes com CBD e embora o resultado tenha sido positivo a prática não foi continuada.

Mais recentemente, em 2022, um novo estudo foi publicado no Journal of Nature products realizado por pesquisadores de duas universidades do Oregon – estado onde a cannábis é legalizadíssima – apontou que utilizando 2 compostos presentes na cannábis se pode tornar ineficiente a proteína Spike (uma proteína tão importante para a invasão do vírus ser bem sucedida, que muitas das vacinas aprovadas atacam justamente a ela) ; A notícia correu o mundo mas sem grandes explicações práticas.

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Muitos se levantaram para alertar “atenção que fumar não vale” outros se apressaram para dizer  “então o negócio são os comestíveis” porém na realidade o que o usuário precisa saber nunca foi revelado e é o seguinte: é verdade, não adianta fumar nem vaporizar e tampouco adianta correr para os comestíveis nem para o óleo medicinal porque os compostos apontados no estudo (in vitro) foram CBGA e CBDA – isso significa que são dois canabinóides em sua forma ácida. 

Esse artigo que você está lendo é parte integrante da Revista Paz Infinita n°18 >>>

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Como explicamos na Revista Digital Paz Infinita 14 Canábis Culinaris a planta de cannábis quando está viva ou recém colhida não possui THC e sim THCA, não possui CBD e sim CBDA e assim por diante, ou seja todos os canabinoides estão presentes na planta porém em seu formato ácido. Porém a partir do processo de curado ou de um aquecimento – ainda que pequeno – esses compostos ácidos começam a se transformar e aí sim passam a ser interessantes (causar um efeito sensível ou um efeito psicotrópico) para o consumidor de cannábis.  E é por essa razão (também) que não adianta pegar uma flor de cannabis e simplesmente comer, fazer isso não vai te deixar chapado, porque ao ingerir a planta in natura os canabinóides que mais gostamos como o THC e o CBD ainda não estão disponíveis.

Ok, mas será que se eu comer cannabis (a planta fresca, sem curar e sem aquecer , ou seja , sem descarboxilar) o meu organismo vai absorver o CBGA e o CBDA ?

Até onde sabemos, o organismo humano por via digestiva não é capaz de absorver nenhum tipo de canabinóides sem a ajuda de um lipidío ou alcool. Porém se você utilizar alcool para extrair os cannabinóides de uma planta recém colhida, esse alcool sim deverá conter CBGA e CBDA para o consumo humano. Então o melhor seria fazer a extração de uma planta recém colhida em um alcool apropriado para consumo direto humano, o único método que permite a extração e a ingestão dos canabinóides sem nenhum tipo de aquecimento (descarboxilação).

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Em resumidas linhas estudiosos de diferentes partes do mundo demonstraram que a cannábis tem um enorme potencial para ajudar a humanidade a superar mais esse problema de saúde.

Atenção, a equipe Paz Infinita recomenda a vacinação como o melhor método para prevenir a contaminação e contágio problemático do coronavírus. As afirmações acima, são apenas derivativas lógicas do estudo citado, portanto não são conselhos médicos.

Diferentes compostos da erva foram apontados como beneficiosos nesse caso, mas o que você deve ter em mente é que os estudos estão sempre tendenciosos a pesquisar apenas o que tem valor comercial, como você vai reparar todas essas pesquisas citadas sempre estavam falando de utilizar algum componente da maconha que possa ser vendido nas farmácias do mundo inteiro mesmo onde é proibido o uso da cannabis em si.

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Por esse motivo, nunca vimos nem vamos ver – num futuro próximo – uma pesquisa feita com THC por exemplo. E isso não quer dizer que o THC não tenha nenhum valor medicinal nesse caso, quer dizer que não tem valor comercial e muitas vezes está proibida inclusive a investigação científica dessa parte da planta.

Esse artigo que você leu é parte integrante da Revista Paz Infinita n°18 

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